Lula critica carta do governo Trump e defende Moraes
Estados Unidos enviaram oficio também ao Ministério da Justiça, afirmando que ordens de Moraes não são aplicáveis em solo americano
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Siga noO presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saiu em defesa do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após o magistrado receber um ofício dos Estados Unidos criticando sua atuação em um caso contra a rede social Rumble.
“Os Estados Unidos querem processar o Alexandre de Moraes porque ele tá querendo prender um cara brasileiro que está lá nos Estados Unidos fazendo coisa contra o Brasil o dia inteiro”, disse Lula durante o encerramento da convenção nacional do PSB, neste domingo (1º/6).
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“Que história é essa de os Estados Unidos quererem negar alguma coisa e criticar a Justiça brasileira? Eu nunca critiquei a Justiça deles. Eles fazem tanta barbaridade, eu nunca critiquei. Fazem tanta guerra, matam tanta gente. Por que eles vão querer criticar o Brasil?", questionou o presidente Lula.
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A carta enviada pelo governo de Donald Trump, por meio do Departamento de Justiça, alerta Moraes sobre quatro ordens proferidas pelo magistrado contra o Rumble e que não têm efeito em solo americano. Para que elas pudessem valer, disse o órgão, o magistrado precisaria ter ingressado com uma ação em um tribunal dos EUA ou ter recorrido a canais legais.
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O documento, revelado pelo jornal The New York Times, ainda afirma que os Estados Unidos não se posicionam sobre decisões tomadas em território brasileiro. “No entanto, na medida em que esses documentos direcionam o Rumble a realizar ações específicas nos Estados Unidos, respeitosamente informamos que tais diretrizes não são ordens judiciais executáveis nos Estados Unidos", afirma o texto.
Na última quarta-feira (28/5), o secretário de Estado, Marco Rubio, anunciou que os Estados Unidos iriam restringir o visto de autoridades estrangeiras que são “cúmplices de censura a americanos”. Quando questionado por um senador sobre a atuação de Moraes, Rubio disse que “há uma grande chance” dos EUA sancionarem o ministro.