A HISTERIA DOS "BEBÊS REBORN"
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Os “bebês reborn” têm conquistado a atenção de colecionadores e entusiastas ao redor do mundo. Esses bonecos hiper-realistas são produzidos para se assemelhar a bebês humanos, proporcionando uma experiência a quem os adquire.
O processo de criação, conhecido como “reborning”, envolve técnicas minuciosas de pintura e montagem, simulando com precisão a pele humana, veias e detalhes como micro-pelos. A etapa final consiste na aplicação cuidadosa de cabelo e cílios, frequentemente feitos com mohair, colocados fio a fio. O resultado é um boneco de aparência surpreendentemente realista, fruto de trabalho artesanal.
Nesse contexto, surgiu até “maternidades” e “incubadoras reborn”, elementos que contribuem para o crescimento da indústria.
No entanto, os “bebês reborn” acabam competindo com crianças brasileiras que aguardam adoção. No Dia Nacional da Adoção (25/05), o escritório Décio Freire Advogados aderiu à iniciativa do Instituto Dom Luciano Mendes de Almeida (IDL-Pró-Vida) — atitude louvável, que merece ampla divulgação. Celebrar o Dia Nacional da Adoção com uma campanha de conscientização como essa é um o fundamental para mobilizar a sociedade em prol de uma causa tão sensível e necessária.
Com mais de 4 mil crianças à espera de um lar, ações que priorizem o acolhimento e a simplificação dos processos de adoção são essenciais. A campanha “Não adote uma boneca; adote uma criança”, em meio à popularidade dos "bebês reborn", destaca o ponto central: adotar é um ato de amor, responsabilidade e humanidade.
Espera-se que mais pessoas se sensibilizem e se engajem nessa causa tão nobre!
Quais as razões para adquirir um "bebê reborn"?
Emocionais: Para muitos, eles oferecem conforto, especialmente para quem ou por perdas ou enfrenta a infertilidade.
Culturais: Valorizados como peças artísticas ou de coleção, são frequentemente exibidos em convenções e eventos.
Sociais: Utilizados em treinamentos de cuidado, auxiliam no desenvolvimento de habilidades parentais.
O tema faz lembrar a série de filmes “Chucky”, estabelecendo um paralelo com os "bebês reborn". A franquia Child's Play apresenta um boneco possuído pela alma de um assassino. A trama explora questões de identidade e transformação, com Chucky tentando transferir sua alma para um corpo humano.
Embora fictícia, a história de Chucky se conecta a questões levantadas pelos “bebês reborn”. Ambos abordam como objetos inanimados podem adquirir profundo significado emocional, funcionando como uma ponte entre fantasia e realidade. Enquanto os “bebês reborn” servem para conforto emocional e expressão criativa, Chucky representa um exagero fictício do impacto que brinquedos podem ter em nossas vidas.
Esses exemplos ilustram a habilidade de projetar emoções e identidades em objetos — seja para apoio, como no caso dos “reborn”, ou em narrativas complexas e assustadoras, como em Chucky. Ambos ressaltam a importância de reconhecer os limites entre fantasia e realidade.
Vale destacar que podem existir dependências e efeitos negativos relacionados ao uso excessivo dos bonecos, como:
Isolamento social: a pessoa pode reduzir interações humanas, priorizando os bonecos.
Desconexão da realidade: tratar os bonecos como seres vivos pode gerar confusão entre fantasia e vida real.
Para evitar esses riscos, algumas estratégias são recomendadas:
Terapia: acompanhamento psicológico pode ajudar a lidar com dependências emocionais.
Integração social: participar de atividades e grupos favorece conexões reais.
Moderação no uso: estabelecer limites para o tempo dedicado aos bonecos contribui para o equilíbrio.
Na internet, comunidades de entusiastas compartilham relatos pessoais e experiências, enquanto eventos e convenções promovem a socialização e a venda de produtos. Com o e adequado, o uso dos reborns pode ser benéfico, desde que o foco permaneça nas relações humanas.
Os “bebês reborn” representam uma interseção entre necessidades emocionais e expressões culturais. Quando usados de forma equilibrada, podem proporcionar benefícios. No entanto, é fundamental manter atenção aos riscos de dependência e isolamento, garantindo um uso saudável e consciente.
“Não adote uma boneca; adote uma criança”, é a campanha do Instituto Dom Luciano Mendes de Almeida, que merece aplausos.