Fabiano Moraes
Fabiano Moraes
Tenso

Danilo Gentili reage à condenação de Léo Lins: "Qual foi o crime?"

Durante o The Noite, apresentador critica duramente a Justiça após comediante ser sentenciado a mais de 8 anos de prisão por show com teor considerado racista

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 Durante seu programa The Noite, no SBT, o apresentador Danilo Gentili abriu o jogo em rede nacional e denunciou o que considera uma ameaça à liberdade de expressão no Brasil, após a condenação do comediante Léo Lins a 8 anos e 3 meses de prisão .

“Qual foi o crime do comediante Léo Lins? Contar piadas em um show de humor”, questionou Gentili, visivelmente inconformado com a sentença, que ainda impõe ao humorista uma multa de R$ 1,4 milhão, somada a R$ 300 mil por danos morais coletivos.

Para Gentili, há uma distorção perigosa entre o que é ficção e o que é considerado crime. E mais: ele acredita que há prioridades bem mais urgentes no país. “No país em que o INSS é usado para fraudar velhinhos à força, a Justiça puniu um comediante. Soa como uma piada de mau gosto”, disparou, ao vivo.

O apresentador ainda destacou que as justificativas usadas para a condenação são frágeis. “Um dos argumentos seria o de que a liberdade de expressão não pode ser irrestrita. Ora, mas liberdade de expressão só pode ser irrestrita", declarou. Em sua visão, quando a arte é censurada, toda a sociedade corre risco.

“Piadas são apenas piadas. Agora, o outro argumento dúbio, e fartamente reproduzido na imprensa, é de que o humor não é um e livre para cometer crimes”, continuou. Segundo ele, o humor é, por natureza, exagerado e fantasioso, e deve ser protegido como qualquer outra forma de arte.

Alertou que limitar o humor hoje pode abrir precedentes perigosos para outras expressões culturais amanhã. “Qual é o limite da novela? Qual é o limite da poesia? Até onde uma ficção pode ir?”, questionou em tom provocador. “Se um músico pode cantar, um comediante também deve poder contar suas piadas.”

Ele ainda relembrou sua própria experiência com a Justiça, quando também foi condenado em primeira instância por piadas polêmicas. “Essa é a segunda vez aqui no Brasil que um comediante é condenado à cadeia. A primeira foi comigo. Espero que o bom senso prevaleça, como aconteceu no meu caso.”

“Se a gente, como sociedade, ar a aplaudir decisões que silenciam artistas, algo está muito errado e a gente está na beira do abismo mesmo.”

 

As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.

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