Anna Marina
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ANNA MARINA

As novas formas de vendas e os altos preços

Maneiras novas para comprar foram criadas nos últimos tempos. O que não existe é dinheiro para pagar os valores que estão sendo cobrados

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Brincando, brincando, já chegamos ao meio do ano. Mudou alguma coisa? O que vi neste jornal é que as lojas mineiras estão faturando mais do que as do Rio. Lá se vai o tempo em que era obrigatório sair daqui para fazer compras no Rio, de preferência em Ipanema.

 


E naquela época eu era dona de uma butique na Savassi, o que era um tormento – as clientes, amigas, compravam “no caderno”, que era comum nos armazéns para itens de alimentação. Na moda era comprar e deixar pra lá, o pagamento só era feito quando chegava uma nova coleção.

 


Hoje, as compras são feitas on-line, pelo celular, em lojas que chegam até a China. Há poucas semanas comprei um vestido de seda na China, que chegou em pouco tempo e custou pouco mais que nada – se fosse comprado numa loja normal...

 


Apesar disso, os lançamentos nunca estiveram tão atuais por aqui – no quarto andar do Diamond Mall tem algumas das melhores grifes nacionais e algumas estrangeiras, que vendem como as lojas locais – em vários pagamentos.

 


Ainda não fui lá para ver, mas quem já foi comenta que não tem nada diferente do que em São Paulo, que sempre foi mais farta em etiquetas importadas. Outra coisa que também anda vendendo muito são joias e bijuterias. Comprei um colar de pérolas que veio da China igual aos verdadeiros que tinha e que me foram roubados. Com isso, as compras em lojas andam baixando e muitas delas estão fechando, principalmente na Savassi, que tinha nos sábados o dia sagrado para conhecer as novidades.

 


Ando tão afastada de compras e lojas que não sei mais se as dedicadas só a produtos importados ainda existem. Nos tempos em que produtos importados só chegavam por aqui através de contrabando, em malas imensas, que vinham com Maria Italiana e tinham tudo dentro, de tecidos para ternos, até brinquedos.

 


Uma dona de loja que era nos fundos da casa e dava para um lote vago, depois do muro, costumava jogar seus importados do outro lado do muro, para fugir da fiscalização. Esse sofrimento acabou, e as compras on-line vão dos nacionais aos importados, numa boa.

 


Maneiras novas para comprar foram criadas nos últimos tempos. O que não existe é dinheiro para pagar os preços que estão sendo cobrados. Uma blusa de seda pura pode chegar até quase R$ 5 mil, quantia que, nos tempos antigos, era cobrada por um vestido.

 


Os produtores de vestuário ainda não chegaram a aplicar em seus produtos preços mais nacionais, sem concorrer com os importados. Aliás, tem lojas que cobram pelos nacionais o mesmo preço dos importados, para valorizar o seu estoque. Já vender é outra coisa mais complicada. E vender para pagar de várias vezes quebra o orçamento da loja – quando for repor o estoque, não tem fundos à mão.

As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.

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